terça-feira, 7 de junho de 2011

Boa noite, visitantes!

Nesse post aprenderemos sobre a DST mais famosa entre todas, a transmitida pelo vírus HIV. O vírus da imunodeficiência humana ou, como é conhecido, HIV, é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae e o responsável pela AIDS.

Quando esse mal surgiu e até pouco tempo, falava-se em grupos de riscos. Usuários de drogas, homossexuais, jovens irresponsáveis... Hoje, vemos um crescente índice de infecção entre mulheres de relacionamento estável, mulheres que não se enquadram em nenhum chamado "grupo de risco". Por conta disso, não se fala mais em grupo de risco e, sim, em comportamento de risco. Um relacionamento aparentemente estável não significa 100% de segurança. Amor não imuniza.

Nas pessoas com HIV, o vírus pode ser encontrado no sangue, no esperma, nas secreções vaginais e no leite materno. O vírus é mais frequentemente transmitido pelo contacto sexual sem proteção (característica que faz da AIDS uma doença ou infecção sexualmente transmissível), pelo sangue (inclusive em transfusões), durante o parto (mãe para o filho), durante a gravidez ou no aleitamento. Por isso é importante que todas as mulheres grávidas façam testes para HIV. No Brasil, é uma prática comum aconselhar gestantes que chegam ao hospital a fazer todos os testes de doenças transmissíveis verticalmente, ou seja, aquelas transmitidas da mãe para o bebê. A transmissão pelo beijo é altamente improvável (estimado em menos de 0,01% de probabilidade), pois o vírus é danificado por 10 substâncias diferentes presentes na saliva.

No Brasil, nos últimos anos, a transmissão do HIV, que antes era predominantemente masculina, mais frequente entre os homossexuais e afetando todas as classes sociais, agora caracteriza-se por quatro processos: heterossexualização, feminização, interiorização (aumento nas cidades do interior) e pauperização (aumento nas populações mais pobres). Outro dado observado é o aumento na proporção de pessoas com escolaridade mais baixa e em adultos com mais de 30 anos.

Um dado preocupante: de cada três infectados no planeta, dois vivem na África. A cada minuto, oito novos doentes surgem no continente. Ela matará mais de 22 milhões de homens, mulheres e crianças no decorrer da próxima década. O número é 200 vezes maior do que o de todas as vítimas da bomba atômica que destruiu Hiroshima, em 1945.

 Alguns dos fatores que diminuem a probabilidade da transmissão são:
• Usar sempre preservativo masculino ou preservativo feminino corretamente;
• Usar lubrificante (pois resulta em menos microferimentos);
• Não compartilhando seringas e agulhas com outras pessoas;
• Verificando se o sangue recebido em hospitais foi testado contra HIV;
• Tomando o AZT durante a gestação, para não passar para o bebê (somente gestantes com HIV/aids);
• Não amamentando o bebê com seu próprio leite (somente mães com HIV/aids).

No Brasil, pacientes que tenham experienciado situação com alto nível de contágio (como sexo anal sem camisinha com pessoa de sorologia desconhecida) há menos de 72h podem solicitar ao médico que prescreva anti-retrovirais para prevenir a contaminação.

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios, quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais.

Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso, solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. Isso é ter uma boa adesão.

O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do soropositivo. A equipe de saúde está apta a tomar essas decisões e deve ser vista como aliada, pois juntos devem tentar chegar à melhor solução para cada caso.

Vale ressaltar que os medicamentos antirretrovirais não matam o vírus causador da aids, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico . Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids.

Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida ao portador do HIV, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada
 
Quem tem HIV namora, beija na boca e transa, assim como todo mundo.

Vamos nos amar mais! 
Vamos nos proteger de verdade!

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