terça-feira, 21 de junho de 2011

Bom dia, visitantes!

Hoje iremos falar sobre outra doença pouco conhecida, a  Donovanose. 

O agente etiológico é o Calymmatobacterium granulomatis, microorganismo gram-negativo, que se cora com relativa facilidade pelos métodos de Giemsa, Leishman e Wright. Nas lesões, estes microrganismos, são encontrados dentro dos macrófagos, sob a forma de pequenos corpos ovais, corpúsculos de Donovan.
A transmissão mais conhecida é por via sexual, embora possam haver outros meios ainda não estudados. A contagiosidade é baixa.

Existem ainda vários aspectos controvertidos acerca desta enfermidade. A sua inclusão entre as doenças de transmissão sexual é posta em dúvida por alguns autores, que afirmam dever-se isto ao fato da maior parte das lesões terem uma localização genital ou perigenital. Por outro lado, a ocorrência da doença em crianças ou em pessoas sexualmente inativas, bem como a raridade da contaminação em parceiros sexuais de pacientes com lesões abertas, fortalecem a hipótese de ser o agente etiológico desta enfermidade um microorganismo que teria como habitat natural o intestino, sendo a pele afetada secundariamente.

Ela  é uma doença crônica e progressiva. Aparece na pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. Pode ocorrer em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos.


Os primeiros sintomas começam com uma úlcera de cor vermelha vivo e de sangramento fácil. As lesões podem ser múltiplas. A doença pode causar deformidades genitais, elefantíase e tumores.

O diagnóstico laboratorial pode ser feito por exame histopatológico, com as colorações pelos métodos de Wright, Giemsa ou Leishman. 

O diagnóstico definitivo da donovanose é estabelecido pela demonstração dos corpúsculos de Donovan, seja em esfregaços corados pelo Giemsa, ou em cortes de tecidos corados pela hematoxilina-eosina. O material deve ser colhido preferencialmente de parte do fragmento destinado ao exame anatomopatológico, ou em áreas de granulação ativa.

A medicação é à base de antibióticos. Pode haver a necessidade de intervenção cirúrgica para correção das seqüelas. O tratamento acaba com o desaparecimento da lesão. Por ser pouco contagioso, não há necessidade de tratamento dos parceiros.


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